sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

IA ORANA, FAKARAVA – REFÚGIO POLINÉSIO

No arquipélago de Tuamotu, na Polinésia Francesa, descansa o inebriante atol de Fakarava. Ia orana, no dialeto polinésio, é a saudação que nos convida a mergulhar em um mundo desconhecido. Algo como “olá” ou “seja bem vindo”. Mesmo mergulhadores muitas vezes desconhecem esse paraíso. Bem diferente das famosas ilhas do arquipélago, como Bora Bora e Moorea, (as mais requisitadas). Mas com aquela mesma visão idílica do mar azul turqueza, Fakarava é um lugar simples, onde o maior luxo está na observação da natureza. 
Lindo demaisss.. Meu coração bate forte aqui.. saindo pela boca.. rs.. Meus olhos formam até coraçõezinhos de amor..  Meu coração de sereia não aguenta! rs 

Fakarava (Foto: google)
Vizinha de Rangiroa, o atol mais conhecido de Tuamotu, Fakarava é um refúgio para os tubarões e para os amantes dos grandes pelágicos. Felizmente, nos dias de hoje, apesar de toda a pressão do finning e da sobrepesca, os tubarões ainda reinam nas águas desta jóia polinésia. Além de serem protegidos neste território, as águas de Fakarava são patrimônio mundial da UNESCO e guardam outro segredo que garante a presença dos big guys: correntes fortíssimas. Como diria um amigo inglês: “no current, no sharks” (sem corrente, nada de tubarões)!

Tubarões-Cinzentos-de-Recife (Foto: Raquel Rossa)
Fakarava possui duas grandes passagens, uma ao norte a passe de Garuae, a maior da Polinésia, com 1600m de largura, conhecida como te ava nui (“a passagem infinita”), e outra ao sul, a passe de Tumakohua. A passagem sul é um lugar isolado e de acesso possível apenas pela lagoa do atol, distante cerca de 1h30 de lancha rápida do norte de Fakarava, onde encontram-se o aeroporto e a vila central. Porém, é lá que se encarna o paraíso dos tubarões! A 40 metros de profundidade, cardumes com centenas de tubarões cinzentos de recife, silky sharks, galhas prateada, galhas branca de recife, além de uma infinidade de peixes ósseos e outras criaturas marinhas, nadam sincronizadamente nas fortes correntes, que podem atingir até 12 nós, algo em torno de 22 km/h! De causar inveja para nós, meros mortais, que tentamos fazer às vezes de peixes ou tubarões com os nossos cilindros nas costas, esforçando-nos a manter a frequência cardiorrespiratória e, no meu caso, ainda segurando uma caixa estanque nas mãos para registrar o balé magnífico destes seres marinhos.
Tubarões-Cinzentos-de-Recife (Foto: Raquel Rossa)

Carcharhinus amblyrhynchos – Tubarões cinzentos de recife
Cardume de Carcharhinus amblyrhynchos (Foto: Raquel Rossa)

Espécie mais facilmente avistada em Fakarava, encontra-se distribuída por todo o Índico oriental até o Pacífico central. O nome comum cinzento de recife deve-se à coloração característica da porção dorsal, o cinza, mas possuem o ventre branco, além de manchas brancas na ponta da primeira nadadeira dorsal, pretas na margem da caudal e das demais nadadeiras. Tubarões de corpo alongado, apresentam o focinho arredondado e pontudo, olhos redondos e peitorais falciformes. Habitam águas continentais e insulares, com comportamento costeiro e pelágico, sobretudo sobre recifes de corais, atóis, suas lagoas e passagens com fortes correntes. Os neonatos variam entre 45-75cm e, quando adultos, atingem um comprimento máximo de 2,5m. São tubarões vivíparos lecitotróficos, e o embrião se nutre de reservas armazenadas em uma bolsa vitelínica. A gestação dura aproximadamente um ano, resultando em uma prole de 1 a 6 filhotes. Os indivíduos atingem a maturidade sexual apenas após 7 anos e meio, e a longevidade da espécie é de 25 anos. Alimentam-se de pequenos peixes ósseos, cefalópodes e crustáceos.


FONTE: http://www.aprenda.bio.br/portal/?p=5575

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